Empresário suspeito de integrar esquema de facção também foi investigado em escândalo da merenda na Baixada
Vereador de Meriti preso durante operação é solto após pagar fiança Alvo de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro por suspeita de envolvimento...
Vereador de Meriti preso durante operação é solto após pagar fiança Alvo de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro por suspeita de envolvimento com a facção Comando Vermelho, o empresário Luiz Paulo Matos de Aquino, de 38 anos, o Paulinho Aquino, como é conhecido, já esteve na mira de outras investigações nos últimos anos. O empresário era dono da empresa Nutri Foods Refeições com sede em Nilópolis, na Baixada Fluminense, quando a empresa venceu a concorrência para fornecer kits de alimentação para a Prefeitura de Japeri. Nesta manhã de sexta-feira (14), policiais civis e militares realizaram mais uma etapa da Operação Contenção, contra a expansão do Comando Vermelho por territórios do RJ. Desta vez, equipes foram cumprir 16 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão em comunidades de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Um dos alvos das equipes era o empresário Luiz Paulo Matos de Aquino, contra quem havia mandado de busca. Luiz Paulo não foi encontrado em casa. O empresário Luiz Paulo Matos de Aquino, alvo de buscas pela Polícia Civil Reprodução De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso ligado ao Comando Vermelho (CV) que atua em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, movimentou cerca de R$ 30 milhões em 11 meses. O irmão do empresário, o vereador Marcos Aquino, foi preso. Ele não era alvo inicial da operação, mas foi encontrado com uma arma registrada em nome de outra pessoa e medicamentos de uso controlado. Aquino foi o vereador mais votado em 2024 no município. À tarde, o vereador foi solto após pagar R$ 20 mil de fiança. O advogado Rafael Faria, que defende o empresário, nega as suspeitas e encaminhou nota afirmando que "medidas jurídicas atualmente movidas contra ele (Luiz Paulo Matos Aquino) têm caráter político e buscam desestabilizar sua imagem perante a sociedade civil". A nota completa está no fim desta reportagem. Depois de atraso, Prefeitura de Japeri entrega kits de alimentação para estudantes, mas famílias reclamam da qualidade da comida Os kits demoraram 5 meses para chegar às escolas e quando chegaram, em setembro de 2021, os pais das crianças filmaram bichos entre os alimentos. A companhia já tinha sido contratada em maio daquele pela administração de Japeri também sem concorrência pública, para fornecer alimentos para uma Policlínica da cidade. Os dois contratos juntos somam R$ 17, 2 milhões. Até fevereiro daquele ano de 2021, um dos sócios da Nutri Foods era Luiz Paulo Matos de Aquino. Pouco antes do primeiro contrato com a Prefeitura de Japeri, a Nutri Foods foi vendida para Vítor Scarparo Fernandes por R$ 4 milhões. Na ocasião, a reportagem do RJ1 esteve na casa de Vítor e conversou com a mãe do rapaz que confirmou que ele trabalhava na Nutri Foods, mas que nunca soube de nenhuma compra: "Não tô por dentro da empresa não. Nunca conversei com ele a respeito", declarou na ocasião. Secretário de Educação de Belford Roxo é preso em operação da PF e do MPF por desviar R$ 6 milhões do dinheiro da merenda Em 2024, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizam buscas na empresa Salute Serviços Terceirizados por suspeita de irregularidades em contratos com a Prefeitura de Belford Roxo. A empresa teria recebido R$ 15 milhões da gestão municipal para o fornecimento de merendas mesmo com as unidades fechadas. O que diz a defesa do empresário A defesa do empresário divulgou nota sobre a ação policial: "Paulo Aquino possui longa trajetória de dedicação ao povo de São João de Meriti, marcada por trabalho social e compromisso público. Portanto, medidas jurídicas atualmente movidas contra ele têm caráter político e buscam desestabilizar sua imagem perante a sociedade civil. Ressaltamos ainda que a conduta ética e a atuação transparente do empresário afastam qualquer tentativa de associação indevida ou desrespeitosa ao seu nome". A reportagem ainda aguarda o retorno da defesa de Paulinho Aquino sobre os contratos com as prefeituras da Baixada Fluminense. O vereador Marcos Aquino e o irmão, o empresário Luiz Paulo Aquino Reprodução